sábado, 25 de mayo de 2013

Versailles


O Palácio de Versalhes (em francês: Château de Versailles) é um castelo real localizado na cidade de Versalhes, uma aldeia rural à época de sua construção, mas atualmente um subúrbio de Paris. Desde 1682, quando Luís XIV se mudou de Paris, até a família Real ser forçada a voltar à capital em 1789, a Corte de Versalhes foi o centro do poder do Antigo Regime na França.




Em 1660, de acordo com os poderes reais dos conselheiros que governaram a França durante a menoridade de Luís XIV, foi procurado um local próximo de Paris mas suficientemente afastado dos tumultos e doenças da cidade apinhada. Paris crescera nas desordens da guerra civil entre as facções rivais de aristocratas, chamada de Fronde. O monarca queria um local onde pudesse organizar e controlar completamente um Governo da França por um governante absoluto. Resolveu assentar no pavilhão de caça de Versalhes, e ao longo das décadas seguintes expandiu-o até torná-lo no maior palácio do mundo. Versalhes é famoso não só pelo edifício, mas como símbolo da Monarquia absoluta, a qual Luís XIV sustentou.


Considerado um dos maiores do mundo, o Palácio de Versalhes possui 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque. É um dos pontos turísticos mais visitados de França, recebe em média oito milhões de turistas por ano e fica a três quarteirões da estação ferroviária. Construído pelo rei Luís XIV, o "Rei Sol", a partir de 1664, foi por mais de um século modelo de residência real na Europa, e por muitas vezes foi copiado.

No dia 5 de outubro de 1789 chegou às portas do palácio uma multidão de mulheres famintas e enraivecidas que havia saído de Paris para protestar junto ao rei, clamando por comida. À noite, pressionado, o rei assinou a Declaração de Direitos diante da Assembleia. À meia-noite Lafayette chegou, acompanhado de uma força de vinte mil soldados da Guarda Nacional, e reportou-se imediatamente ao rei, retirando-se em seguida para a vila de Versalhes a fim de descansar, deixando as tropas acampadas nas redondezas do palácio. Antes de raiar o dia seguinte, uma multidão conseguiu vencer os muros e portões, e invadir o palácio por várias frentes, e sucederam cenas sangrentas em seus salões e corredores. Vários chegaram até os apartamentos reais, mas foram contidos pelos guardas, resultando em mortes de ambos os lados, enquanto outros roubavam mobília e objetos valiosos. Finalmente Lafayette, tendo sido avisado, chegou, a multidão foi expulsa, e o Rei foi aconselhado a se mostrar dos balcões junto com a Rainha. Para sua surpresa, recebeu vivas e aplauso do povo reunido, mas ao mesmo tempo lhe pediam que fosse a Paris, onde os tumultos eram intensos, e não teve escolha senão aceder. Escoltado por Lafayette e a guarda, deixou Versalhes com a família no dia 6 de outubro.







Pouco depois da partida da família real o palácio de Versalhes começou a ser esvaziado. Enquanto o Rei viveu, muita mobília foi removida e transferida para as Tulherias, onde ele estava. Várias pinturas e objetos de arte passaram para a guarda do Museu do Louvre, incluindo a Mona Lisa e obras valiosas de TicianoRubens e Van Dyck. Outros conteúdos foram distribuido por várias instituições públicas: livros e medalhas foram para a Bibliothèque Nationale, relógios e instrumentos científicos (Luís XVI era um entendedor de ciência) para a École des Arts et Métiers. Os revolucionários debateram longamente sobre o destino que Versalhes deveria ter, e muitos queriam seu completo desmantelamento e venda dos bens ainda existentes.






Entretanto, em julho de 1793 a Convenção decretou que seria transformado em escola provincial, biblioteca pública e em um museu de arte e história natural. Também os moradores da vila de Versalhes se manifestaram favoráveis à sua conservação, pois poderia ser fonte de lucros para a comunidade, além de reconhecerem que apesar de sua ligação com o Antigo Regime, ainda assim era um monumento às artes e à cultura da França. Em 1794 e 1795 dois decretos asseguraram sua preservação como um bem público, mas em 1796 o Ministro das Finanças ordenou que a mobília remanescente fosse vendida. Versalhes foi o mais ricamente equipado palácio da Europa até que a realização de longas séries de leilões nas suas instalações, as quais se desenrolaram por meses durante a Revolução, o esvaziaram lentamente de todos os bens de luxo a preços ridículos, maioritariamente por brocanteurs (sucateiros) profissionais. A proposta imediata era conseguir fundos, desesperadamente necessários, para armar o povo e pagar os credores do Estado, mas a estratégia de longo alcance destinava-se a assegurar que Versalhes não serviria para o regresso de nenhum Rei. A estratégia funcionou.



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